terça-feira, 11 de novembro de 2025

"A QUEDA DO CÉU" FILME COM DAVI KOPENAWANA TEM SESSÃO ESPECIAL NA COP30


 “A Queda do Céu”, filme com Davi Kopenawa, tem sessão especial na programação da COP30 em Belém
Evento no Instituto Ciência de Arte com a presença de Davi Kopenawa antecipa lançamento nacional no dia 20 de novembro do documentário mais premiado do último ano 

Em plena COP30, Belém recebe em 13 de novembro (19h) uma sessão especial de “A Queda do Céu” no Instituto Ciência de Arte, edifício histórico na Praça da República, com a presença de Davi Kopenawa e do diretor Eryk Rocha para debate com o público. A pré-estreia do documentário de Eryk Rocha e Gabriela Carneiro da Cunha na capital paraense é uma realização da 10ª Mostra de Cinema da Amazônia em parceria com o Observatório do Clima.

A COP30 é a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, principal fórum global em que quase 200 países se reúnem para negociar medidas de combate ao aquecimento do planeta. Realizada pela primeira vez no Brasil, em Belém do Pará, entre 10 e 21 de novembro de 2025, a conferência discute metas de redução de emissões, transição energética, preservação de florestas, financiamento climático e mecanismos para adaptação a eventos extremos. Trata-se do encontro em que os governos apresentam compromissos oficiais, organizações da sociedade civil pressionam por ambição, e cientistas atualizam o estado da crise, definindo, na prática, o rumo das políticas climáticas mundiais para os próximos anos.
Vencedor de 25 prêmios nacionais e internacionais, “A Queda do Céu” teve a sua première mundial no Festival de Cannes, dentro da prestigiada Quinzena dos Realizadores. O líder Yanomami Davi Kopenawa é personagem central do documentário, sendo acompanhado juntamente com a comunidade de Watorikɨ ao longo do importante ritual Reahu. O longa é baseado no livro homônimo escrito pelo xamã e pelo antropólogo francês Bruce Albert.
Os diretores comentam a chegada do filme nos cinemas brasileiros, no mesmo mês onde será realizado pela primeira vez no Brasil a  30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (Conferência das Partes – COP30), que acontecerá entre os dias 10 e 21 de novembro na cidade de Belém, capital do Pará. “É emocionante ver o filme chegar aos cinemas no Brasil depois da belíssima trajetória realizada no mundo. A imagem da Queda do Céu trazida pelos Yanomami e por Davi Kopenawa é uma síntese precisa das questões mais urgentes do nosso tempo e do nosso país. O Brasil não se sustenta sem a escuta profunda dos povos indígenas, e o filme é um convite para essa escuta”, disse Eryk Rocha.
Para Gabriela Carneiro da Cunha, “é uma alegria chegar ao Brasil com ‘A Queda do Céu’ e poder trazer para os próprios brasileiros as palavras desse imenso pensador Yanomami. Muitos aqui ainda não conhecem a força do pensamento de Davi Kopenawa. O filme é um convite para ver, ouvir e sonhar com os Yanomami um outro projeto de Brasil”. 
A imprensa também vem respondendo com entusiasmo ao filme, a exemplo da recente recomendação de Devika Girish no The New York Times. Em seu artigo, a jornalista destaca que “há mais de um século, os Yanomami vêm sendo assolados por invasores: primeiro missionários, depois madeireiros e agora garimpeiros, que destroem seu habitat e trazem doenças e destruição ao povo. Os cineastas não estão isentos dessa história. Em um momento marcante do filme, um ancião olha para a câmera e reconhece que permite ser filmado pelos diretores, apesar do sofrimento causado por ‘homens brancos’ como eles. ‘Parem de nos incomodar! Espero que contem isso aos brancos’, ele diz. Seu apelo não é apenas pela sobrevivência da aldeia, mas de todo o planeta”.
A excelente recepção crítica de "A Queda do Céu" se estende para outros veículos internacionais, atualmente ostentando a aprovação de 100% no agregador de críticas Rotten Tomatoes. Segundo Jason Gorber, do POV Magazine, o filme “conta com o ritmo calmo e deliberado de seu tema e narrador e faz jus às ideias de Davi Kopenawa, colocadas em primeiro plano, com a oferta de imagens deslumbrantes sustentando esses comentários e reflexões como parte de um todo”. Já Ankit Jhunjhunwala, do The Playlist, destaca que “o documentário é envolvente desde o primeiro quadro, enquanto os cineastas nos lançam de cabeça nos modos de vida dos Yanomami”. Para Carlos Aguilar, da Variety, é "uma das obras de não-ficção mais necessárias e contundentes da memória recente". 
Documentário brasileiro mais premiado do último ano, “A Queda do Céu” participou de 80 festivais no Brasil e no mundo e, entre os prêmios recebidos, venceu o Grande Prêmio do Júri da Competição Kaleidoscope do festival DOC NYC, o maior festival de documentários dos Estados Unidos da América; o Prêmio Especial do Júri da Competição Internacional no DMZ Docs 2024 (Coreia do Sul), o maior da Ásia; Prêmio de Melhor Som e Melhor Direção de Documentário no Festival do Rio (Brasil); os Prêmio ABC 2025 (Brasil) nas categorias Melhor Direção de Fotografia, Melhor Montagem e Melhor Som; Melhor Longa Metragem Documentário Internacional no 27º Festival Internacional de Cinema de Guanajuato GIFF 2024  (México); Prêmio Fundação INATEL no Festival DocLisboa 2024 (Portugal); e o Prêmio Principal Fethi Kayaalp no Festival Internacional de Documentários Ecológicos de Bozcaada 2025 (Turquia).
Com lançamento comercial confirmado para o dia 20 de novembro, “A Queda do Céu” é uma coprodução Brasil-Itália da Aruac Filmes, Hutukara Associação Yanomami e Stemal Entertainment com Rai Cinema, e produção associada francesa de Les Films d'ici. Na Itália, o seu lançamento comercial é programado para o mês de novembro deste ano.   
LOGLINE  
Com a ameaça iminente da queda do céu e cercados por garimpeiros e epidemias xawara, o xamã Davi Kopenawa e a comunidade Yanomami de Watorikɨ realiza o ritual sagrado Reahu e confrontam o “povo da mercadoria” com uma contundente crítica xamânica.   
   
SINOPSE  
A partir do poderoso testemunho do xamã e líder Yanomami Davi Kopenawa, o filme “A Queda do Céu” acompanha o importante ritual, Reahu, que mobiliza a comunidade de Watorikɨ num esforço coletivo para segurar o céu. O filme faz uma contundente crítica xamânica sobre aqueles chamados por Davi de povo da mercadoria, assim como sobre o garimpo ilegal e a mistura mortal de epidemias trazidas por forasteiros que os Yanomami chamam de epidemias “xawara”, e traz em primeiro plano a beleza da cosmologia Yanomami, dos espíritos xapiri e sua força geopolítica que nos convida a sonhar longe.  
  
FICHA TÉCNICA  
Direção e Roteiro: Eryk Rocha e Gabriela Carneiro da Cunha  
Com  Davi Kopenawa, Justino Yanomami, Givaldo Yanomami, Raimundo Yanomami, Dinarte Yanomami, Guiomar Kopenawa, Roseane Yariana e comunidade de Watorikɨ 
Produtores: Eryk Rocha, Gabriela Carneiro da Cunha e Donatella Palermo 
Produtor Associado: Richard Copans 
Direção de Fotografia e Câmera: Eryk Rocha e Bernard Machado 
Câmera Adicional: Morzaniel Ɨramari e Roseane Yariana 
Montagem: Renato Vallone 
Som Direto: Marcos Lopes 
Desenho de Som: Guile Martins 
Mixagem de Som: Toco Cerqueira 
Color Grading: Brunno Schiavon, Giovanni Bivi 
Consultoria: Bruce Albert, Ana Maria Machado, Dário Vitório Kopenawa, Morzaniel Ɨramari e Marília Senlle 
Assistente de Direção: Mariana de Melo 
Produção Executiva: Heloisa Jinzenji e Tárik Puggina 
Direção de Produção: Margarida Serrano 
Tradução Yanomami: Ana Maria Machado, Richard Duque, Corrado Dalmonego, Marcelo Moura e Morzaniel Ɨramari 
Produção Local: Lidia Montanha Castro e Naira Souza Mello 
Gerente de Projeto: Lisa Gunn 
Designer: Sofia Tomic, Camilla Baratucci 
Produção: Aruac Filmes 
Co-produção: Hutukara Associação Yanomami, Stemal Entertainment com Rai Cinema 
Produção Associada: Les Films d'Ici  
Distribuição Brasil: Gullane+ 
Distribuição França: La 25ème Heure 
Distribuição nos EUA: KimStim Films 
Apoio: Fondation Cartier pour l’art contemporain, ISA - Instituto Socioambiental, Nia Tero, Ford Foundation, Porticus, CLUA - Climate and Land Use Alliance, Instituto humanize, Instituto Arapyaú, RFN - Rainforest Foundation Norway, NICFI - Norway's International Climate and Forest Initiative, RCA - Rede de Cooperação Amazônica, Instituto Iepé, Instituto Meraki, IRIS - International Resource for Impact and Storytelling, Projeto Paradiso, Amazon Watch e Fondation AlterCiné  
  
ERYK ROCHA | Diretor  
Eryk Rocha, nascido no Brasil em 1978, formou-se em Los Baños, Cuba. Seu primeiro filme, “Rocha que Voa” (2002), foi selecionado em Veneza, Rotterdam, Locarno e outros festivais importantes. Em sua extensa filmografia, destacam-se “Campo de Jogo” (2014), “Breve Miragem de Sol” (2019) e “Edna” (2021) que receberam diversos prêmios e presença em festivais renomados no mundo como CPH:DOX, Telluride, Sundance, MoMa New Directors, Visions du Réel. “Cinema Novo” (2016) recebeu L’Oeil d’Or (Olho de Ouro) Melhor Documentário em Cannes em 2016.  
  
GABRIELA CARNEIRO DA CUNHA | Diretora  
Gabriela Carneiro da Cunha é uma artista brasileira, diretora de teatro, cineasta, atriz, pesquisadora e ativista artístico ambiental que atua há mais de 10 anos com a Amazônia brasileira. É sócia da Aruac Filmes, produtora independente de cinema, e idealizadora do Projeto Margens - Sobre Rios, Buiúnas e Vaga-lumes, projeto multilíngue dedicado à criação artística a partir da escuta do testemunho de rios brasileiros em situação de catástrofe. O escopo deste projeto já incluiu peças de teatro (Guerrilha ou Para a Terra Não Há Desaparecidos (2015) e Altamira 2042 (2019), longas e curtas-metragens documentais, publicações, debates, oficinas, a rede Buiunas - uma rede entre mulheres, rios e arte. O Altamira 2042 integrou a programação dos mais relevantes festivais e espaços teatrais europeus, como Wiener Festwochen, Festival D'automne à Paris, International Summer - Festival Kampnagel Hamburg, Baltic Circle, Holland Festival, Théâtre Vidy-Lausanne, Centre Georges Pompidou e outros.  
No cinema, atua como diretora, produtora, roteirista e assistente de direção. Destacam-se trabalhos como o longa-metragem “Edna” (2021), produzido pela Aruac Filmes que estreou no prestigiado festival suíço Visions du Réel e circulou em mais de 50 festivais ao redor do mundo como Telluride, Doc NY, RIDM, Porto Postdoc e recebeu vários prêmios no Chile, França, Itália, México, Argentina, Turquia e Brasil. Atuou nos filmes “Anna” de Heitor Dhalia, “Breve Miragem de Sol” e “Jards”, de Eryk Rocha, e “O Duelo”, de Marcos Jorge. Recebeu o prêmio de melhor atriz no Festival do Rio por seu trabalho no longa "Anna". Atualmente, Gabriela prepara seu próximo trabalho no teatro com o Rio Tapajós, que estreará em 2024 com coprodução do Teatro Vidy.  
Junto com Eryk Rocha, é produtora dos curtas-metragens Mãri hi - A Árvore do Sonho, Yuri u xëatima thë - A Pesca com Timbó e Thuë pihi kuuwi - Uma Mulher Pensando, dirigidos pelos cineastas Yanomami Morzaniel Ɨramari, Aida Harika, Edmar Tokorino e Roseane Yariana, que desde o ínicio de 2023 circulam no circuito de prestigiados festivais internacionais de cinema no Brasil e no mundo, nomeadamente Festival de Veneza, Sheffield Doc Fest, Hotdocs, entre outros.  
Em 2024, lança o filme ‘A Queda do Céu’ seu primeiro longa-metragem como diretor e co-dirigido e produzido com Eryk Rocha. O filme é produzido pela Aruac Filmes, em co-produção com a Hutukara Associação Yanomami e é uma co-produção entre Brasil, Itália e França. O filme é baseado na obra homônima do xamã Yanomami Davi Kopenawa e do antropólogo Bruce Albert.  
  
ARUAC FILMES | Produtora  
A Aruac Filmes, produtora brasileira, fundada em 2002, vem desde o início de sua trajetória desenvolvendo projetos para diversos segmentos de expressão artística e audiovisual. Com foco na qualidade, tanto na apresentação como nos conteúdos artísticos, a Aruac alinha criação autoral visando ampla comunicação com o público.  
Com uma longa e consistente atuação no mercado audiovisual, teve seus filmes distribuídos comercialmente em cinemas do Brasil e outros países. Além dos principais festivais de cinema do Brasil, teve seus filmes selecionados em festivais internacionais renomados, como Cannes, Berlinale, Veneza, Telluride, IDFA e Rotterdam, Sundance, BAFICI, Locarno, New Directors/New Movies, MoMA, Tribeca (EUA), Guadalajara (México), CPH:DOX (Dinamarca), Havana, RIDM, DMZ Docs, Doc NY e recebeu diversos prêmios ao longo dessa trajetória, entre eles o prêmio de L'Œil d'or (Olho de Ouro) de melhor documentário no Festival de Cannes de 2016.  
Seus filmes também estão presentes nas principais plataformas de streaming, como Netflix, Amazon Prime Video, Dafilms e GloboPlay. Em produção para TV, já realizou séries e programas em parceria com o Canal Brasil, Canal Curta!, GloboNews, TV SESC e CineBrasil TV.  
Paralelamente à produção audiovisual, a Aruac vem nos últimos anos investindo na área de teatro e performance, cujos trabalhos foram apresentados nos festivais de teatro mais prestigiados do Brasil e em diversos países europeus na França, Portugal, Alemanha, Suíça e Áustria. Em 2024, lança a sua mais recente produção “A Queda do Céu”, uma coprodução com França e Itália', filme baseado na obra literária homônima do xamã e líder Yanomami Davi Kopenawa, e do antropólogo francês Bruce Albert e com direção de Eryk Rocha e Gabriela Carneiro da Cunha.  
Atualmente, a Aruac Filmes está em pós-produção do filme 'Elza', filme que acompanha os últimos 8 anos da vida e carreira da artista Elza Soares dirigido por Eryk Rocha e coproduzido com Globofilmes e Maria Farinha Filmes, o filme tem previsão de lançamento para 2026.  
  
HUTUKARA ASSOCIAÇÃO YANOMAMI  
Hutukara Associação Yanomami (HAY) é uma associação sem fins lucrativos que congrega todo o povo Yanomami e o povo Ye’kwana, que vivem na Terra Indígena Yanomami, situada entre os Estados de Roraima e Amazonas, no Brasil. Foi fundada em 2004, na aldeia Watorikɨ, região do Demini, e tem como finalidade a defesa dos direitos dos Yanomami e Ye’kwana. Davi Kopenawa Yanomami é seu presidente, xamã e grande liderança reconhecido internacionalmente por seu trabalho. Durante as últimas quatro décadas ele tem lutado para garantir a proteção do território Yanomami e o direito de seu povo. Seu filho Dário Vitório Kopenawa Yanomami é vice-presidente da associação e tem desempenhado um importante papel no movimento indígena atual e em esferas internacionais de defesa dos direitos humanos. Entre os principais diretores está também Maurício Ye’kwana, com forte atuação ao lado de Dário como representante indígena da TI Yanomami.  
  
Sobre Gullane+ 
"Gullane+ é uma distribuidora de obras audiovisuais independentes, que faz parte do grupo Gullane e é liderada por Debora Ivanov. 
Os filmes distribuídos pela Gullane+ primam pela qualidade, pelo impacto social e cultural, e representam o melhor do cinema nacional.
A empresa tem um objetivo bem claro e inédito no mercado: promover o nosso cinema no Brasil e no mundo, apostando em inovação nos processos e experiências de lançamento e comercialização. 
Seu catálogo tem mais de 40 títulos, incluindo filmes lançados em salas de cinema, conteúdos exibidos em canais de TV e plataformas de streaming, em mais de 70 países. 
Dentre as obras em destaque estão filmes como “Que horas ela volta" de Anna Muylaert, “O Bicho de Sete cabeças" de Laís Bodanzky, “O Rio do Desejo" de Sérgio Machado, “A última Floresta" de Luiz Bolognesi,  “Motel Destino" de Karin Ainoüz, “Milton Bituca Nascimento" de Flávia Moraes, “3 Obás de Xangô" de Sérgio Machado. 
Paralelamente vem investindo na distribuição e restauro de obras clássicas do cinema nacional, como “Iracema: uma transa amazônica” de Jorge Bodanzky, “Um céu de estrelas” de Tata Amaral e “Castelo Rá-tim-bum” de Cao Hamburger.

FESTIVAL MIXBRASIL CHEGA À 33ª EDIÇÂO TRAZENDO UMA DAS MAIORES PROGRAMAÇÕES DA HISTÓRIA

 

Festival MixBrasil chega à sua 33ª edição trazendo uma das maiores programações da sua história  

Com o tema “A Gente Quer+”, o evento une cinema, teatro, exposição,  experiências XR, literatura e games| De 12  a 23 de novembro  

 "Me Ame com Ternura", da diretora francesa Anna Cazenave Cambet, que virá a São Paulo, abre o Festival   

Prêmio Ícone Mix homenageia Marisa Orth – parte indissociável da história do MixBrasil onde, desde 1999, conduz o lendário Show do Gongo  

142 filmes de 33 países, entre eles, “Twinless - Um Gêmeo a Menos”, vencedor do prêmio do Público em Sundance e “O Olhar Misterioso do Flamingo”, premiado em Cannes  

Uma das grandes novidades de 2025 é a Mostra de Inteligência Artificial - que traz 24 filmes Brasileiros e estrangeiros, sendo 19 em competição  

Seleção de longas nacionais reúne produções contemporâneas premiadas dentro e fora do Brasil – a maioria inédita em São Paulo  

Dramatica apresenta  8 espetáculos teatrais que compõem um mosaico de existências em movimento

Com o tema “A Gente Quer+”, o Festival MixBrasil de Cultura da Diversidade chega à sua 33ª edição trazendo uma das maiores programações da sua história. São 142 filmes de 33 países e de 18 estados brasileiros e 1 série Nacional; 8 espetáculos teatrais; experiências XR vindas da França, Benin, Brasil, Suíça, Coreia do Sul e EUA; artes visuais; literatura; games; conferência, show do Gongo e a grande novidade desta edição, uma Mostra Competitiva de filmes feitos com Inteligência Artificial. 

De 12 a 23 de novembro, o MixBrasil, maior evento cultural LGBT+ da América Latina, ocupa a capital paulista com sua programação que acontece no CineSesc, CCSP (Centro Cultural São Paulo), Spcine lido, Cinemark (Shopping Cidade São Paulo), Instituto Moreira Salles (IMS Paulista), Reserva Cultural, Museu da Diversidade Sexual, Museu da Imagem e do Som (MIS), Biblioteca Mário de Andrade, Galeria Vermelho e Teatro Sérgio Cardoso. O evento também acontece online para todo o Brasil nas plataformas do Sesc Digital, Spcine Play e IC Play. 

Para o diretor do Festival, André Fischer, a 33ª edição do Festival chega reafirmando a vocação do MixBrasil como plataforma para além da resistência. “Mesmo com escassez de investimentos públicos e privados e retrocessos em várias frentes, o festival cresce e celebra uma das maiores programações da sua história. A colaboração internacional em ano de menos recursos por aqui viabilizou uma edição potente, através da integração à Temporada França–Brasil 2025 e a seção Mundo Mix que homenageia a Polônia”, observa.

  

ABERTURA e ÍCONE MIX                                                                           

O 33º Festival MixBrasil abre no dia 12 de novembro com o longa, inédito em São Paulo, "Me Ame com Ternura", da diretora francesa Anna Cazenave Cambet, que virá ao Brasil apresentar o filme. Exibida na mostra Un Certain Regard do Festival de Cannes, a obra acompanha a história de Clémence, interpretada por Vicky Krieps, que decide abrir seu coração ao ex-marido e revela que está vivendo novos amores, agora com mulheres, em um retrato devastador da maternidade e da liberdade. 

Criado para celebrar trajetórias artísticas e pessoais ligadas à história e aos valores do MixBrasil, o Prêmio Ícone Mix homenageia nesta edição Marisa Orth – que é parte indissociável da história do evento onde, desde 1999, conduz o lendário Show do Gongo, espetáculo que sintetiza o espírito do festival: liberdade, irreverência, afeto e celebração da diversidade. A atriz, cantora e apresentadora irá receber a homenagem na noite de abertura – que também contará com trechos da performance interativa “Aqui, Agora, Todo Mundo” de Alexandre Mortágua com Fernando Barros.

  

AUDIOVISUAL  

A grande novidade desta edição é a Mostra de Inteligência Artificial, que reúne 24 filmes produzidos com ferramentas de IA, sendo 19 filmes Brasileiros e estrangeiros em competição, além de 5 filmes internacionais com curadoria do FIVIA, o Festival Internacional de Vídeo e Inteligência Artificial de Marselha, França. A seleção final propõe um olhar crítico e poético sobre a presença da IA na criação cinematográfica de temática LGBT+.

A programação de longas internacionais exibe títulos de cineastas que fizeram parte dos mais importantes festivais do mundo, todos inéditos em São Paulo. Entre eles estão: "Twinless - Um Gêmeo a Menos" do americano James Sweeney, vencedor do Prêmio do Público no Festival de Sundance; "O Olhar Misterioso do Flamingodo chileno Diego Céspedes,  que levou o Prêmio do Júri de melhor filme na mostra Un Certain Regard em Cannes; "Antes / Depois"do ator e diretor belga Manoël Dupont, Prêmio FIPRESCI no Festival Internacional de Karlovy Vary; "Meu Peito em Chamas" do mexicano Gal S. Castellanos, menção especial do júri no Festival de Málaga; "A Sapatona Galáctica", animação australiana de Leela Varghese e Emma Hough Hobb, que venceu o prêmio Félix de melhor longa internacional no Festival do Rio; "Manok" da coreana Yu-jin Lee, inédito no Brasil e selecionado para o BFI Flare: London LGBTIQ+ Film Festival.

Com a direção de programação de cinema a cargo de Marcio Miranda Perez, a curadoria destaca também os longas nacionais, que reúnem produções contemporâneas premiadas dentro e fora do Brasil. Com temas que revelam corpos em transição, identidades em conflito e uma persistente busca por liberdade, os filmes estão distribuídos entre as mostras Competitiva Brasil, Queer.doc., e Reframe, que este ano se torna competitiva. 

A Mostra Competitiva Nacional de Longas é composta por "Apenas Coisas Boas" de Daniel Nolasco; "Apolo" de Tainá Müller e Ísis Broken; "Torniquete" de Ana Catarina Lugarini; "Trago Seu Amor" de Cláudia Castro, todos inéditos em São Paulo. Também integram a programação, "A Natureza Das Coisas Invisíveis" de Rafaela Camelo; "Ato Noturno" de Marcio Reolon e Filipe Matzembacher; "Morte e Vida Madalena" de Guto Parente; e "Ruas da Glória" de Felipe Sholl. "Arrenego" de Fernando Weller, Alan Oliveira, faz a sua estreia mundial dentro da mostra Reframe, e "Copacabana, 4 de Maio" de Allan Ribeiro, filme da mostra Queer.doc, irá reunir os fãs de Madonna em São Paulo após ganhar o Félix de melhor documentário do Festival do Rio. 

O evento conta ainda com uma extensa programação de curtas-metragens divididos entre a Mostra Competitiva Brasil e a seção Curtas MixBrasil, que inclui programas temáticos como Black is Beautiful; Lesborama; Meu Calor, Meu Endereço; e Tempo Rei, Tempo Rainha, entre outrosUma curiosidade é a estreia da  atriz Mayara Magri na direção, com o curta "Ana Sofia",protagonizado por Silvia Pfeifer. O Festival também exibe o programa Mundo Mix Polônia, mostra especial dedicada a longas e curtas do país europeu, além dos três primeiros capítulos da série “Ayô” dirigida por Yasmim Thayná e roteirizada e protagonizada por Lucas Oranmian -  no elenco ainda estão Caio Blat, Lázaro Ramos,, Tania Toko, Caio Mutai, Odá Silva, entre outros.

DRAMATICA  

O Dramatica, seção teatral do MixBrasil, traz para esta 33ª edição oito espetáculos que compõem um mosaico de existências em movimento — obras que transitam entre o trauma e a reinvenção. Entre as produções solo que abordam a experiência gay em São Paulo estão “Bigorna”“Irremediáveis” e “Segredos Privados para uma Vida Sexual Pública”, respectivamente de Walmick de HolandaDanilo Martim e Luiz Felipe Bianchini, com supervisão de Luiz Fernando Marques (Lubi).

 

Completam a lista, “Aqui, Agora, Todo Mundo", com texto e atuação de Felipe Barros e direção de Heitor Garcia“Fumaça”, com Filipe Augusto e direção de Fernando Vilela“(Des)conhecidos”, de Leandro Rebello e Francisco Leal, com direção de Fabrício Licursi”Hospital de Puppet", uma ópera híbrida de Thomas BrennanMiguel Noya e Gustavo Sol, com o apoio da Universidade de Artes de Estocolmo; e “Long Play – Otima Forma", de Alexandre Roccoli e Marcos Serafim. O evento contará ainda com debates pós-espetáculo e participação no MixLab, com o tema Retratos da Cena Cui/Queer e LGBT+ Contemporânea.

 

SHOW DO GONGO  

Show do Gongo é o coração anárquico e afetivo do MixBrasil, um dos momentos mais aguardados e emblemáticos do festival. Sob o comando de Marisa Orth, o evento recebe cineastas profissionais e amadores que têm o desprendimento de submeter seus trabalhos de até cinco minutos, colocando à prova talento e criatividade. O público vibra em alto e bom som, aplaude e, quando necessário, grita “gonga!”, em um ritual de humor e catarse. Este ano, o Show do Gongoacontece no dia 18 de novembro, a partir das 20h, no Teatro Sérgio Cardoso.

MIX LITERÁRIO  

O Mix Literário  chega a sua 8º edição apresentando  duas mesas de debate com os jurados dos prêmios Mix Literário e Caio Fernando Abreu, além de encontros de formação em que escritoras e escritores compartilharão suas experiências de criação literária, presencialmente, na Biblioteca Mário de Andrade. Mantendo o diálogo internacional, o Mix Literário recebe também a autora francesa Anne Pauly, uma das vozes mais potentes da literatura lésbica contemporânea, que participa da programação e assina a discotecagem da festa de abertura do Mix Brasil.

Mix Literário chega à sua 8ª edição apresentando duas mesas de debate com os jurados dos Prêmios Mix Literário e Caio Fernando Abreu, além de encontros de formação em que escritoras e escritores compartilharão suas experiências de criação literária, de forma presencial, na Biblioteca Mário de Andrade. Mantendo o diálogo internacional, o Mix Literário recebe também a autora francesa Anne Pauly, uma das vozes mais potentes da literatura lésbica contemporânea, que participa da programação e assina a discotecagem da festa de abertura do MixBrasil.

ARTES VISUAIS

As Artes Visuais ganham seu maior espaço em mais de três décadas de evento, com a exposição Kwir Nou Exist, sobre a comunidade trans reunionense; o encontro entre os coletivos Depois do Fim da Arte e Realidades, na Galeria Vermelho; e a mostra com curadoria da Vórtice Cultural, no Museu da Diversidade Sexual.

MIX XR 

Mix.XR, premiado em 2025 pela WSA Brasil (World Summit Awards, iniciativa ligada à ONU de inovação digital), consolida-se como a principal mostra de experiências imersivas e tecnológicas com foco na diversidade. Nesta edição, o programa apresenta cinco experiências em realidade virtual (VR), dois espetáculos imersivos e uma projeção em domo com o projeto Kancícà — uma estrutura hemisférica de 360° que oferece ao público uma vivência sensorial completa, onde som, imagem e corpo se entrelaçam. Kancícà integra tecnologia, espiritualidade e cultura afro-brasileira, expandindo os limites da narrativa audiovisual. Completam a programação: a experiência vinda da França “Another Place”; dos EUA “Blackstar Sanctuary e Unfolding”; do Brasil “Dilemma”; e da Coreia do Sul “Downfall of the Virtual Huma”.

O evento é uma realização da Associação Cultural Mix Brasil e do Ministério da Cultura, conta com a iniciativa da Lei de Incentivo à Cultura, e patrocínio do Itaú,  Spcine Prefeitura de São Paulo, e com o apoio cultural do SescSP e da Embaixada da França, e parceria com a Talent — responsável pela campanha “A Gente Quer +”, Bumblebeat Surreal. Apoio institucional: Instituto Moreira SallesTeatro Sérgio CardosoMuseu da imagem e do SomCentro Cultural São PauloMistika e DOT CineImpulseSP, Reserva CulturalImovision Cinemark. Promoção: Canal Brasil e Gazeta.

Toda a programação do 33º Festival Mix Brasil de Cultura da Diversidade pode ser conferida no site: mixbrasil.org.br.  

Serviço:  33° Festival Mix Brasil de Cultura da Diversidade

12 a 23 de novembro de Novembro de 2025

Valores: Gratuito. No Reserva Cultural, Cinemark e Show do Gongo R$20

mixbrasil.org.br

*Para mais informações de valores e horários consulte a bilheteria de cada espaço.

Programação online: Sesc Digital, Spcine Play e IC Play

Instagram: @festivalmixbrasil

Facebook: Festival MixBrasil 

Threads: festivalmixbrasil

TikTok: mixbrasil

quarta-feira, 5 de novembro de 2025

CONCURSO DE FOTOS CELEBRA OS 10 ANOS DO PARQUE DE NATUREZA BURACO DO PADRE



Iniciativa marca o aniversário do Parque com exposição e premiação para fotografias que expressem a beleza e as experiências vividas no atrativo natural; inscrições encerram no dia 10 de novembro 

O Parque de Natureza Buraco do Padre, um dos principais atrativos turísticos de Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais, lança concurso de fotografia em comemoração aos seus 10 anos de criação. A ação “10 Anos de Histórias” busca valorizar o olhar dos visitantes sobre o Parque, reunindo registros que traduzam a conexão das pessoas com o local e suas belezas naturais.

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas até o dia 10 de novembro. Cada participante poderá enviar uma única foto, acompanhada de uma breve descrição e dos dados de identificação. O concurso está dividido em duas categorias: Amador, voltada a visitantes e entusiastas da fotografia, e Profissional, destinada a fotógrafos que atuam na área com CNPJ, portfólio e experiência comprovada.

Para o gestor do atrativo, Alvaro Fernandes Dias Filho, a proposta reforça o vínculo entre o público e o Parque.

Queremos celebrar uma década de histórias com quem faz parte dela. Cada visitante vive o Buraco do Padre de um jeito diferente, e esse concurso é uma forma de eternizar essas experiências por meio da fotografia”, destaca.

A temática é livre dentro do conceito “10 anos do Buraco do Padre: faça parte dessa história”, e as imagens devem retratar momentos, experiências e sensações vividas no Parque. Fotos antigas também serão aceitas no concurso.

A seleção será feita por uma comissão julgadora formada por integrantes da diretoria do Parque, além de representantes da Agência de Desenvolvimento do Turismo dos Campos Gerais (Adetur) e da Agência Air. Os critérios de avaliação envolvem criatividade e originalidade (30%), composição e técnica fotográfica (30%) e relação com o tema (40%).

A exposição das 10 melhores fotos de cada categoria e anúncio dos vencedores ocorrerão durante o evento comemorativo dos 10 anos do Buraco do Padre, no dia 16 de novembro. Os vencedores receberão prêmios especiais.  O primeiro lugar na categoria Profissional receberá uma faca SG, camiseta dry fit, par de entradas para o Parque com almoço, além de foto exposta no atrativo com o nome do fotógrafo. Já na categoria Amador, a premiação será um boné, camiseta dry fit, par de entradas para o Parque mais almoço, além de foto exposta no atrativo com o nome do profissional. Os 2º e 3º lugares de cada categoria receberão menções honrosas no Parque.

sexta-feira, 31 de outubro de 2025

CYCLONE, LONGA ESTRELADO POR LUIZA MARIANI, MARCA ESTREIA PARA 4 DE DEZEMBRO