MANOEL DE OLIVEIRA EM CANNES

O NOVO FILME DE MANOEL DE OLIVEIRA, NA SELEÇÃO DE CANNES, TEM COPRODUÇÃO BRASILEIRA


“O Estranho Caso de Angélica”, o novo filme do cineasta português Manoel de Oliveira, definido como uma história de amor metafísico, terá sua estreia mundial no 63º Festival de Cannes na seleção oficial Un Certain Regard. O filme é uma coprodução de Portugal, França, Espanha e Brasil.

Passado na década de 1950, o filme começa com um fotógrafo hospedado numa pequena pensão. Este é subitamente acordado tarde da noite para que vá fotografar uma linda moça que acabara de falecer. O fotógrafo que está na região do Douro para documentar antigos métodos de trabalho nas vinhas, com especial atenção aos chamados cavadores da terra, fica subitamente perturbado pela imagem da falecida. O papel da jovem foi confiado à revelação espanhola Pilar López de Ayala que se projetou em 2007 com o filme “El la Ciudad de Sylvia”, de José Luis Guerín. O fotógrafo é interpretado por Ricardo Trepa.
O projeto de “O Estranho Caso de Angélica” foi escrito em 1947 pelo próprio Manoel de Oliveira, influenciado por suas perturbações com os crimes de Hitler e do regime nazi-fascista. Só que o projeto teve de ser arquivado por ser sistematicamente proibido nos anos de salazarismo em Portugal. "Pensei nisso no período do nazi-fascismo, mas agora também estamos passando por um período agressivo, com o terrorismo e com este descalabro financeiro do mundo”, disse Manoel de Oliveira ao anunciar a rodagem de seu novo filme em março passado, aos quase 101 anos de idade.

Manoel de Oliveira elogiou a participação especial da atriz brasileira Ana Maria Magalhães, que atuou ao lado dos portugueses Luis Miguel Cintra, José Manuel Mendes, Susana Sá, Adelaide Teixeira e Ricardo Trepa. O Brasil é coprodutor do novo filme de Oliveira através da Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, em colaboração com o Ministério da Cultura e o Fundo Nacional de Cultura.


O ESTRANHO CASO DE ANGÉLICA
Ficha Técnica:
Argumento e direção: Manoel de Oliveira
Elenco: Ricardo Trêpa, Pilar López de Ayala, com a participação especial de Leonor Silveira, Luís Miguel Cintra e Ana Maria Magalhães
Diretor de Produção: João Montalverne
Diretora de Fotografia: Sabine Lancelin
Montagem: Valérie Loiseleux
Co-produção: Filmes do Tejo II(Portugal), Eddie Saeta SA(Espanha), Les Films de l’Après-Midi(França) e Mostra Internacional de Cinema (São Paulo - Brasil)

Quando estive em Portugal em 1999, a convite do meu país pra conhecer as mudanças e a entrada do país no Mercado Comum Europeu, tive a oportunidade de estar com ele. Num rápido encontro no saguão do hotel, onde estava hospedada.