Honoré comenta sobre a escolha do protagonista: “Vimos quase 300 jovens. Sua sensibilidade (de Kircher) é realmente comovente (...) nós nos afeiçoamos muito um ao outro, e esse afeto foi uma fonte inesgotável de energia, alegria e confiança para nós dois”. O diretor também rasga elogios à Binoche, que já havia o rejeitado anteriormente em outra oportunidade: “Eu estava sonhando com isso (trabalhar com Juliette Binoche) há muito tempo. Procurei Juliette para um papel em um projeto anterior, mas ela recusou. Fico feliz que Juliette tenha dito “sim” para a personagem Isabelle”. Ele continua: “Ela trouxe um toque humano e uma profundidade que foram essenciais para o filme. Fiquei realmente impressionado com a força de seu desempenho e com sua paixão pelo cinema, que era palpável a cada passo do caminho”. Para além das atuações brilhantes, Christophe Honoré é um diretor reconhecido internacionalmente por seus longas anteriores como “Canções de Amor” (Love Songs, 2007), estrelado por Louis Garrel e exibido na competição oficial de Cannes naquele ano, e “A Bela Junie” (La Belle personne, 2008), estrelado por Léa Seydoux. Seu filme “Conquistar, Amar e Viver Intensamente” (Sorry Angel, 2018) também esteve em competição no Festival de Cannes e recebeu o Prêmio Louis Delluc. Em 2019, Chiara Mastroianni conquistou o prêmio de interpretação na seção Un Certain Regard, por sua atuação em "Quarto 212" (On a Magical Night, 2019). “Inverno em Paris” é uma obra delicada e, ao mesmo tempo, visceral, que explora as complexidades da juventude e das relações familiares. A narrativa de Christophe Honoré mergulha nas emoções caóticas e imprevisíveis do adolescente; nas palavras do próprio diretor: “Fiz o meu melhor para ser leal ao adolescente que fui e às emoções que ele sentia (...) usando a escrita e a direção para resgatar sua natureza caótica, avassaladora e imprevisível.” O filme captura esse turbilhão emocional com sensibilidade, mostrando que, mesmo quando tudo parece desmoronar, as conexões humanas — e o amor — podem emergir nos momentos mais sombrios. Por isso, o diretor conclui: “Acredito que o filme é, antes de tudo, uma história de amor. Não um melodrama, mas uma obra que almeja o amor”. “Inverno em Paris” é um lançamento da Pandora Filmes. |
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