VIAJANDO POR FESTIVAIS AO REDOR DO MUNDO, ATO NOTURNO CONQUISTA PÚBLICO ESTRANGEIRO ANTES DE CHEGAR AO BRASIL NO DIA 15 DE JANEIRO DE 2026 |
Depois de fazer sua estreia mundial na Berlinale, thriller erótico dos brasileiros Marcio Reolon e Filipe Matzembacher segue lotando sessões e engajando o espectador em debates empolgados |
ATO NOTURNO, thriller erótico da dupla de diretores e roteiristas brasileiros Marcio Reolon e Filipe Matzembacher, segue conquistando os espectadores nos festivais estrangeiros por onde passa. Desde de sua estreia mundial na 75ª edição do Festival de Berlim, em fevereiro, o filme tem sido recebido sob muitos aplausos, debates engajados e participação intensa da plateia do início ao fim da exibição – reação que se repetiu agora com a participação do longa no festival New Horizons, na Polônia.
"Acho que este é o nosso filme que tem arrancado mais reações do público", afirma Matzembacher. "Nossos filmes anteriores, BEIRA-MAR e TINTA BRUTA, eram mais melancólicos. Apesar de ter muitas sequências de tensão e erotismo, ATO NOTURNO é um filme mais divertido." Reolon, inclusive, atribui a esse tom – inédito na filmografia do casal até aqui – uma das razões para que tenham ganhado seu prêmio de público no FIRE! importante festival LGBTQIA+ na Espanha, em junho.
"Com ATO NOTURNO, a gente seguiu trabalhando com temas relevantes, que são importantes para nós e que dialogam com muitas pessoas, mas com uma abordagem que vai para um outro lugar. É mais leve e mais divertido, mas não menos potente. Pelo contrário: as pessoas têm uma experiência muito prazerosa e saem da sala de cinema refletindo sobre aqueles temas", analisa.
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Com distribuição garantida no Brasil pela Vitrine Filmes, ATO NOTURNO, será lançado no Brasil no dia 15 de janeiro, através do projeto Sessão Vitrine Petrobras. O longa acompanha Matias (Gabriel Faryas), um ator em início de carreira que busca sua primeira grande chance ao estrelato em Porto Alegre, participando de um respeitado grupo de teatro. Quando a notícia de que uma grande série será rodada na cidade chega à trupe, a já saliente rivalidade entre o protagonista e seu colega de apartamento, Fabio (Henrique Barreira), se acirra. Mas Matias tem um obstáculo ainda mais desafiador se quiser conseguir o papel do galã: para ter uma chance de realizar seu sonho, o jovem terá que esconder parte de quem é e ceder às convenções de gênero.
Talvez em outro contexto a ambição prevalecesse diante da individualidade. No entanto, ao se envolver com Rafael (Cirillo Luna), um político que vive um teatro à sua maneira, manter suas vontades em segredo se torna uma dinâmica tão opressora, quanto estimulante. Enfatizando as performances simbólicas e literais dos seus personagens, seja no palco, no sexo ou na dinâmica violenta das relações de poder, ATO NOTURNO coloca o espectador na posição de voyeur dos embates íntimos de cada um dos personagens com uma narrativa envolvente, que celebra a autodescoberta, a vulnerabilidade e a ousadia estilística.
“Por mais que o filme se enquadre entre um neo noir e um thriller erótico, que são gêneros mais ligados ao cinema norte-americano, tem sido consenso como conseguimos fazer deles algo contemporâneo, queer e muito brasileiro. ATO NOTURNO acabou ficando quase como um neo noir subtropical”, pondera Reolon. “Ouvir isso é muito bacana: ver que a gente conseguiu se apropriar e fazer desse gênero algo que é da nossa realidade. Transformá-lo em algo que fizesse sentido para as nossas vidas e para as vidas ao nosso redor.”
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Marcio Reolon e Filipe Matzembacher não escondem que têm um carinho muito grande pela Berlinale, que recebeu todos seus longas desde 2015. Por isso, é compreensível que, nestes meses percorrendo o mundo com ATO NOTURNO, o festival alemão siga como uma das experiências mais positivas até aqui. Mesmo assim, eles admitem que se surpreenderam com a procura intensa por ingressos, que se esgotaram em questão de segundos. “Virou até meme”, Matzembacher lembra, rindo.
Fora o Festival de Berlim, o duo também destaca a passagem pelo prestigiado BFI Flare, em Londres, onde ATO NOTURNO foi selecionado como filme de encerramento. “Foi uma das sessões em que a gente pode ver o público mais eletrizado”, conta Matzembacher. "A gente sentiu um carinho depois da sessão, com as pessoas querendo conversar sobre o filme, tirar fotos. Foi muito além do que a gente esperava", completa Reolon. |
PRÓXIMOS PASSOS Com ATO NOTURNO, os diretores seguem viagem para novos territórios, com a seleção do filme nos festivais de Melbourne, na Austrália, e da Nova Zelândia. Mas, ainda que ambos os cineastas estejam curiosos para ver como o filme vai reverberar por lá, eles não negam a ansiedade de trazê-lo, enfim, para o Brasil. |
"O brasileiro é um público muito interessante, muito complexo. Ele consegue se divertir e entender as questões políticas do filme de maneira bem madura – bem mais madura até do que em muitos outros países", explica Matzembacher. "Espero muito que eles se engajem com as contradições do Matias e as questões políticas que atravessam todo mundo. O filme foi feito com muito desejo, paixão e pensando sobre o Brasil".
ATO NOTURNO estreia nos cinemas brasileiros, com distribuição da Sessão Vitrine Petrobras. |
Sinopse: Um ator e um político vivem um caso em sigilo e, juntos, descobrem ter fetiche por sexo em lugares públicos. À medida que se aproximam do sonho da fama, mais intenso se torna o desejo de se colocarem em risco. |
FICHA TÉCNICA Título Original: Ato Noturno Título Internacional: Night Stage Ano: 2025 Idioma Original: Português Gênero: Drama, Thriller Duração: 117 min Formato: DCP, 2K, Scope, Cor Empresa produtora: Avante Filmes Empresas co-produtoras: Vulcana Cinema Agente de Vendas Internacional: m-Appeal Distribuição Brasil: Vitrine Filmes Financiamento: FSA Laboratórios e Mercados: 18º Berlinale Co-Production Market 2021; Ventana Sur 2020 - Proyecta Festivais: 75º Berlin International Film Festival - Panorama - World Premiere EQUIPE Direção: FILIPE MATZEMBACHER e MARCIO REOLON Roteiro: FILIPE MATZEMBACHER e MARCIO REOLON Produção: JESSICA LUZ, PAOLA WINK, FILIPE MATZEMBACHER e MARCIO REOLON Produção Executiva: PAOLA WINK e JESSICA LUZ Direção de Fotografia: LUCIANA BASEGGIO Montagem: GERMANO DE OLIVEIRA, EDT. Direção de Arte: MANUELA FALCÃO Desenho de Som e Mixagem: TIAGO BELLO Música Original: THIAGO PETHIT, ARTHUR DECLOEDT e CHARLES TIXIER ELENCO Matias: GABRIEL FARYAS Rafael: CIRILLO LUNA Fabio: HENRIQUE BARREIRA Camilo: IVO MÜLLER Larissa: LARISSA SANGUINÉ Pâmela Almeida: KAYA RODRIGUES Sofia Alcântara: GABRIELA GRECO Dr. Otávio: ANTONIO CZAMANSKI |
SOBRE OS DIRETORES Filipe Matzembacher e Marcio Reolon são diretores e roteiristas nascidos em Porto Alegre, Brasil. Seu primeiro longa-metragem, BEIRA-MAR (2015), estreou mundialmente no Festival de Berlim, na mostra Forum. TINTA BRUTA (2018), seu segundo longa, estreou no Festival de Berlim, na seção Panorama, conquistando os prêmios de Melhor Filme (Teddy Award) e Melhor Filme Panorama (Júri C.I.C.A.E). No Brasil, TINTA BRUTA foi o principal vencedor do Festival do Rio, conquistando quatro prêmios, incluindo Melhor Filme e Melhor Roteiro. Dirigiram também videoclipes e conteúdos para a televisão, como a minissérie O NINHO (2016), lançada em diversos países da Europa e América do Norte. Filipe e Marcio são sócios da Avante Filmes, produtora de cinema independente. Marcio também é ator. |
SOBRE AVANTE FILMES Avante Filmes é uma produtora gaúcha fundada em 2010, com um olhar voltado para novos realizadores e uma trajetória que passa por longas-metragens, curtas, séries de televisão, videoclipes e mostras de cinema. Em 2015, a Avante lançou seu primeiro longa-metragem, "Beira-Mar", um coming-of-age melancólico que estreou na respeitada mostra Forum do Festival de Berlim. A partir daí, o filme circulou em dezenas de festivais e acumulou prêmios como Melhor Filme - Novos Rumos e o Prêmio Especial do Júri no Festival do Rio daquele ano. Além disso, “Beira-Mar” foi distribuído internacionalmente, chegando a salas de cinema de diversos países.
No ano seguinte, a produtora lançou a vibrante minissérie de quatro episódios “O Ninho”, comercializada em diversos territórios e, em alguns casos, exibida até mesmo em salas de cinema na Alemanha, Áustria e Suíça.
Já em 2018, o projeto “Tinta Bruta” foi desenvolvido com o apoio do Hubert Bals Fund e estreou na mostra Panorama do Festival de Berlim. O longa foi recebido com entusiasmo por público e crítica, levando dois prêmios de destaque: o Teddy Award de Melhor Filme, a maior honraria do cinema queer mundial, e o Prêmio C.I.C.A.E. de Melhor Filme - Panorama, concedido por exibidores europeus. Após Berlim, o filme participou de mais de 100 festivais e acumulou mais de 30 prêmios, entre eles Melhor Longa-Metragem, Melhor Roteiro, Melhor Ator e Melhor Ator Coadjuvante no Festival do Rio. Para muitos críticos internacionais, “Tinta Bruta” se destacou como um dos melhores filmes do ano e até da década.
Em 2019, a Avante produziu o videoclipe “Me Destroi”, de Thiago Pethit. Em 2024, lançou “Bicho Monstro”, que teve sua estreia na Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, onde foi apontado como um dos favoritos do público. O filme segue em circuito de festivais e tem previsão de lançamento comercial para 2025.
Este ano, a produtora retorna ao Festival de Berlim com “Ato Noturno”, reafirmando sua presença no circuito internacional. Além disso, a Avante está atualmente desenvolvendo dois novos longas-metragens, expandindo ainda mais sua contribuição ao cinema brasileiro. |
SOBRE A VULCANA CINEMA Liderada por Jessica Luz e Paola Wink, a Vulcana é uma produtora porto-alegrense com reconhecida trajetória em cinema autoral e coproduções internacionais. Seu catálogo inclui obras premiadas como O EMPREGADO E O PATRÃO de Manuel Nieto Zas (Quinzena dos Realizadores, Cannes 2021), TINTA BRUTA de Marcio Reolon e Filipe Matzembacher (Prêmios Teddy e CICAE, Berlinale Panorama 2018), além de RIFLE (Berlinale Forum 2017) e CASTANHA (Berlinale Forum 2014), ambos dirigidos por Davi Pretto.
Com nove longas lançados no currículo, dentre eles cinco coproduções internacionais, a Vulcana se destaca por sua curadoria de projetos e capacidade de criar pontes entre diferentes territórios criativos. A produtora tem o reconhecimento dos principais fundos globais de fomento – Hubert Bals, Vision Sud Est, World Cinema Fund, IDFA Bertha Fund e NRW – e participação em labs de inovação como EAVE Puentes, Berlinale Co-production Market, Torino Film Lab, Três Puertos Cine e Binger Film Lab.
Em seu portfólio atual, destacam-se ATO NOTURNO de Filipe Matzembacher e Marcio Reolon (Berlinale Panorama 2025), CONTINENTE de Davi Pretto (prêmio de Melhor Direção no Festival do Rio e Competição em Sitges IFF, 2024), TALISMÃ de Thais Fujinaga (em pré-produção para 2025), MADRE PÁJARO de Sofía Quirós, em coprodução com a Costa Rica entre outros. www.vulcanacinema.com |
SOBRE VITRINE FILMES Desde 2010, a Vitrine Filmes já distribuiu mais de 250 filmes e alcançou milhares de espectadores apenas nos cinemas do Brasil. Entre seus maiores sucessos estão “Bacurau”, de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, Prêmio do Júri no Festival de Cannes 2019; “O Processo”, de Maria Augusta Ramos, que entrou para a lista dos 10 documentários mais vistos da história do cinema nacional; e “Druk: Mais Uma Rodada”, de Thomas Vinterberg, vencedor do Oscar® de Melhor Filme Estrangeiro em 2021.
Hoje a Vitrine Filmes faz parte do Grupo Vitrine, que conta com selos e iniciativas diversas a fim de atender diversas áreas do mercado, são eles: Vitrine España que há 4 anos produz e distribui longas-metragens na Europa; Vitrine Lab, curso on-line sobre distribuição cinematográfica, vencedor do prêmio de distribuição inovadora do Gotebörg Film Fund 2021; Manequim Filmes, selo com distribuição de filmes com apelo a um público com sucessos como “Nosso Sonho - A História de Claudinho e Buchecha”, filme brasileiro mais assistido em salas de cinema em 2023; Sessão Vitrine Petrobras que volta com lançamentos brasileiros premiados e aclamados pela crítica e festivais com ingressos reduzidos como “Sem Coração” e relançamento de “A Hora da Estrela”; e Vitrine Produções, que produz e coproduz curtas, documentários e longas-metragens, dentre eles "O Nosso Pai", curta de Anna Muylaert exibido no Festival de Brasília, “Levante”, de Lillah Halla, vencedor do prêmio FIPRESCI na Semana da Crítica 2023, e “Retratos Fantasmas”, Kléber Mendonça Filho, documentário mais visto dos últimos 8 anos nos cinemas e também exibido em Cannes em 2023. |
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