
Primeiro longa-metragem nacional protagonizado por uma atriz surda chega ao Festival RIO LGBTQIA+
Dirigido pelo Bruno Costa, "Nem Toda História de Amor" é uma comédia dramática LGBTQIA+ que tem a representatividade como prioridade dentro e fora das telas
Nesta segunda-feira (7), o premiado longa-metragem “Nem Toda História de Amor Acaba em Morte”, do diretor curitibano Bruno Costa, responsável pelo aclamado “Mirador” e co-diretor da série “Cidade de Deus - A Luta Não Para”, da HBO MAX, será exibido no Festival RIO LGBTQIA+ Festival Internacional de Cinema.
O evento, que está em sua 14ª edição, celebra as múltiplas cores do amor e as infinitas formas de contar história, reunindo, até o dia 9 de julho, 138 produções, sendo sete longas brasileiros.
Depois de estrear em grande estilo no Cine PE - Festival do Audiovisual e sair de lá com os prêmios de Melhor Longa-Metragem (votação no júri popular) e de Melhor Ator (Octávio Camargo), “Nem Toda História de Amor” também passou pelo renomado Olhar de Cinema - Festival Internacional de Curitiba, e chega agora para o RIO LGBTQIA+.
A produção é uma comédia romântica que abre espaço para a representatividade da comunidade surda dentro e fora da tela, sendo a primeira produção nacional protagonizada por uma atriz surda.
Sol, vivida pela atriz Chiris Gomes, é uma professora de meia idade que se vê infeliz com seu casamento e sua vida em geral. Ela comunica ao então marido, Miguel (Octávio Camargo), que a relação acabou. Eles seguem morando juntos na mesma residência, porém em quartos diferentes, até que as coisas se encaminhem para cada um. Sol conhece Lola, interpretada por Gabriela Grigolom, mãe de uma de suas alunas, a pequena Maya (Sophia Grigolom), criando uma conexão única logo de início. Lola é uma jovem negra e surda, que se comunica por meio da língua de sinais e luta para manter sua companhia de teatro ativa.
Por sua vez, Sol, que tinha um irmão surdo, é uma das poucas pessoas da instituição que se comunica facilmente com Lola, criando um relacionamento que vai além dos muros da escola.
Lola passa a frequentar a casa de Sol, criando uma inusitada convivência com o ex-casal, em que eles terão que aprender a se respeitar e superar o orgulho individual.
Com roteiro de Costa, a produção também mostra sobre as dificuldades de uma pessoa surda em uma sociedade que não preza pela inclusão.
Gabriela Grigolom assume a responsabilidade de ser a primeira atriz surda em um filme nacional. O longa contou com mais de 30 figurantes surdos e sete atores surdos que atuaram com Gabriela. Para que o set de filmagem se tornasse um lugar sem barreiras, o intérprete de Libras e consultor Jonatas Medeiros, que também atuou como assistente de direção, auxiliou no processo de construção de uma comunicação plural e inclusiva. Medeiros é também um dos fundadores da Fluindo Libras, grupo de tradutores e ouvintes surdos que promove a Língua de Sinais Brasileira, a arte cinematográfica e o teatro, promovendo soluções de entretenimento ao público surdo, como a Mostra Surda do Festival de Teatro de Curitiba.
“Nem Toda História de Amor Acaba em Morte” é um lançamento da Beija Flor Filmes, comandada por Gil Baroni e Andréa Tomeleri, produtora que há 20 anos atua como um catalisador de mudanças, buscando humanizar narrativas culturalmente marginalizadas, dando voz e espaço para histórias autênticas da comunidade LGBTQIA+ e para todos os grupos sub-representados.
Responsável por títulos como “Casa Izabel”, “Alice Júnior” e “Alice Júnior - Férias de Verão”, a Beija Flor Filmes promove a contação de histórias com o compromisso de iluminar novos caminhos por meio das lentes da autenticidade e da inclusão.
“Nem Toda História de Amor Acaba em Morte” chega aos cinemas em 2026, com distribuição da Elo Studios. Mais informações pelo perfil oficial no Instagram (@nemtodahistoria) e pelo site oficial da Beija Flor Filmes: http://beijaflorfilmes.com/ .
Ficha Técnica:
“Nem Toda História de Amor Acaba em Morte”
Sinopse: Sol se apaixona por Lola, uma jovem atriz surda, e elas iniciam um romance. Tudo se complica quando Lola passa a conviver sob o mesmo teto que o ex-marido de Sol, Miguel. Nesse curioso triângulo, eles irão descobrir que a morte de um amor pode ser o nascimento de outro.
Duração: 84’
Direção e Roteiro: Bruno Costa
Produção: Andréa Tomeleri, Gil Baroni
Atriz Principal: Chiris Gomes
Atriz Principal: Gabriela Grigolom
Ator Principal: Octavio Camargo
Atriz Coadjuvante: Sophia Grigolom
Elenco: Regina Bastos, Sidy Correa, Katia Drumond, Maureen Miranda
Co-produção: Fábio S. Thibes
Produção Associada: Fluindo Libras, Armada Films, Chiris Gomes, Felipe Patrício, Gabriela Grigolom, Jonatas Medeiros, Octavio Camargo
Direção de Fotografia: Elisandro Dalcin
Montagem: Gabriel Borges
Trilha Sonora: Octavio Camargo
Editor de Som: Luiz Lepchak
Direção de Arte: Gabriella Olivo
Figurino: Isbella Brasileiro
Caracterizadora: Carol Suss
Técnico de Som: Túlio Borges
Produção Executiva: Gil Baroni
Direção de Produção: Andréa Tomeleri
Desenho de Som: Luiz Lepchak
Title Design e Créditos: Cyla Costa e Daniel Duda
Produção de Elenco: Renata Scheidt
Coordenação de Produção: Fábio S. Thibes
Produção de Locução: Betinho Celanex e Thiago Busse
Colorista: Lucas Kosinski
Efeitos Visuais: Nyck Maftum e Thamyres Trindade
Chefe de Elétrica: Odair da Silva
Chefe de Maquinária: Fábio Romão
Argumento: William Biagioli
Assistente de Direção: Louise Fiedler
Diretores Assistentes: Giuliano Robert e Larissa Nepomuceno
Empresa produtora: Beija Flor Filmes
Distribuição: Elo Studios
Contato: (41) 99814-4716 / filmesbeijaflor@gmail.com
Sobre o diretor Bruno Costa: Atua na área desde 2004 como diretor e roteirista. Escreveu e dirigiu 4 longas-metragens: Cinematoso, Circular, Mirador. Seu longa mais recente, "Nem Toda História de Amor Acaba em Morte" estreou no Cine PE 2025 e recebeu os prêmios de melhor filme pelo juri popular e melhor ator. O filme traz pela primeira vez na história do cinema brasileiro uma atriz surda em protagonismo. No momento dirige episódios da série “Cidade de Deus” para a HBO. Nem Toda História de Amor Acaba em Morte também integra a programação do Olhar de Cinema deste ano.
Sobre a Beija Flor Filmes: Há 20 anos a Beija Flor Filmes vem produzindo premiadas obras audiovisuais para cinema, televisão e internet. Nos últimos anos, seus filmes conquistaram 153 prêmios e 27 menções honrosas em 801 seleções em festivais de cinema ao redor do mundo, com destaque para o longa-metragem “Alice Júnior”, que fez estreia internacional na mostra Generation da 70ª Berlinale – Festival Internacional de Cinema de Berlim, recebeu mais de 25 prêmios e foi exibido em 52 festivais internacionais. O filme foi licenciado pela Rede Globo e também está disponível na Netflix, em mais de 190 países.
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