Para diretora Nele Wohlatz, o filme nasce da experiência de ser estrangeira e da percepção de que o pertencimento pode se dissolver entre fronteiras |
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=yFn9j64_5V0 |
Uma Recife poliglota, repleta de encontros improváveis, serve de cenário para DORMIR DE OLHOS ABERTOS, filme que chega aos cinemas no dia 11 de setembro pela SESSÃO VITRINE PETROBRAS. Dirigido pela alemã Nele Wohlatz e produzido por Emilie Lesclaux e Kleber Mendonça Filho, o longa é uma comédia silenciosa que retrata a experiência dos imigrantes no Brasil através do olhar de uma diretora que, ao filmar em Recife, se reconheceu nas histórias de imigrantes que também tentam encontrar pertencimento longe de casa. Kleber Mendonça Filho, um dos principais nomes do cinema brasileiro, descreveu o filme como “um ponto de vista sobre o Recife e sobre o Brasil, a partir do estrangeiro, nunca antes visto. Poliglota, contém graça, estranheza e Gal Costa”. O longa acompanha Kai, jovem de Taiwan que chega de férias ao litoral brasileiro. Entre um ar-condicionado quebrado e a busca por um vendedor de guarda-chuvas desaparecido, ela mergulha nas histórias de trabalhadores chineses que vivem em arranha-céus luxuosos da cidade. Nessa deriva, se aproxima especialmente de Xiaoxin, formando uma rede de amigos e também de mal-entendidos que revela um Brasil visto sob uma lente familiar e, ao mesmo tempo, desconcertante. A mistura de línguas - mandarim, português, espanhol, inglês e alemão - dá o tom dessa comédia de estranhamentos. Exibido pela primeira vez no Festival de Berlim, o longa foi eleito pela Fipresci como o melhor da seção “Encontros”. Desde então, percorreu festivais como IndieLisboa, Kárlovy Vary, San Sebastián, Mostra de São Paulo e Festival do Rio, onde Kleber Mendonça Filho apresentou sua estreia nacional. |
Para Nele Wohlatz, nascida na Alemanha e radicada por mais de uma década na Argentina, o filme nasce da experiência de ser estrangeira e da percepção de que o pertencimento pode se dissolver entre fronteiras. Sua investigação começou a partir de entrevistas com a comunidade chinesa de Recife, conduzidas ao lado da atriz Xiaobin Zhang, protagonista de seu longa anterior, FUTURO PERFEITO (Leopardo de Ouro em Locarno). “Duas estrangeiras, ambas já não se sentindo em casa, buscavam entender a sensação de não pertencer”, recorda a diretora. Em entrevista recente ao jornalista Bruno Carmelo, a diretora relembra o ponto de partida do filme: “surgiu a vontade de fazer um filme sobre pessoas que se mudam sempre, mas nunca chegam a lugar nenhum. (...). Perder o sentimento de pertencimento é algo que pode acontecer a todos nós, em qualquer momento da vida, mesmo quando ainda moramos no lugar onde nascemos”. A expressão que dá título ao filme - DORMIR DE OLHOS ABERTOS - surge dessa necessidade de adaptação. Um manual invisível de sobrevivência, transmitido entre imigrantes, cujas regras não escritas incluem: não baixar a guarda, não se entregar totalmente ao sono. Ou, como resume a própria diretora, “não dormir… pelo menos não profundamente”. Com produção de Kleber Mendonça Filho e Emilie Lesclaux, o longa chega aos cinemas brasileiros por meio da SESSÃO VITRINE PETROBRAS em 11 de setembro. |
SINOPSE Numa cidade litorânea do Brasil, Kai chega de Taiwan para passar as férias com o coração partido. Um ar-condicionado quebrado faz com que ela entre por acaso na loja onde Fu Ang vende guarda-chuvas. Eles poderiam se tornar amigos, mas a chuva não vem e ele — e sua loja — somem do mapa. Na procura por Fu Ang, Kai conhece um grupo de trabalhadores chineses num arranha-céu luxuoso e se sente misteriosamente conectada com a história de um deles, Xiaoxin. |
FICHA TÉCNICA Direção: Nele Wohlatz Produção: Emilie Lesclaux, Kleber Mendonça Filho, Justine O., Roger Huang, Violeta Bava, Rosa Martínez Rivero, Meike Martens, Nele Wohlatz Roteiro: Nele Wohlatz, Pío Longo Direção de Fotografia: Roman Kasseroller Direção de Arte: Diogo Hayashi Figurino: Rita Azevedo Produção Executiva: Dora Amorim, Maurício Macedo Gerência de Produção: Mariana Jacob Montagem: Yann-shan Tsai, Ana Godoy Som Direto: Javier Farina Direção de Som: Mercedes Tennina, Tu Duu-Chih Mixagem de Som: Sebastián González, Tu Duu-Chih Correção de Cor: Hung Wen Kai Supervisão de Efeitos Visuais (VFX): Tu Wei Ting Ano e países de produção: Brasil, Argentina, Taiwan e Alemanha, 2024 Duração: 97 min |
ELENCO Liao Kai Ro …………… Kai Chen Xiao Xin …………… Xiaoxin Wang Shin-Hong …………… Fu Ang Nahuel Pérez Biscayart …………… Leo Lu Yang Zong …………… Yang Zong |
Mais informações sobre a SESSÃO VITRINE PETROBRAS: Site: www.vitrinefilmes.com.br/sessao-vitrine Facebook: www.facebook.com/sessaovitrine Instagram: www.instagram.com/sessao.vitrine Os ingressos são vendidos a preço reduzido. |
SOBRE NELE WOHLATZ Nele Wohlatz (Alemanha, 1982) estudou cenografia e filosofia na Universidade de Artes Aplicadas de Karlsruhe e cinema na Universidade Torcuato Di Tella, em Buenos Aires, onde viveu por 12 anos. Em seus filmes, ela explora as conexões entre linguagem e linguagem cinematográfica, assim como os limites entre ficção e documentário. Seu trabalho já foi exibido em festivais como Locarno, Rotterdam, Viennale, Mar del Plata, além de instituições como o Lincoln Center e o MoMA, em Nova York. Dirigiu curtas, como “Schneeränder” (2009) e “Novios del Campo” (2009), e os longas “Ricardo Bär” (2013), realizado em parceria com Gerardo Naumann e premiado no FIDMarseille. Seu primeiro longa de ficção, “Futuro Perfeito” (2016), recebeu diversos prêmios, incluindo o Leopardo de Ouro de Melhor Primeiro Filme em Locarno, e foi convidado para mais de 70 festivais internacionais. |
SOBRE EMILIE LESCLAUX Emilie nasceu na França e criou, ao lado de Kleber Mendonça Filho, a CinemaScópio, em 2008. Produziu seis curtas-metragens, dez longas metragens e uma série, “Delegado”, de Leonardo Lacca e Marcelo Lordello, ainda inédita, somando mais de 250 prêmios. Produziu 4 filmes que foram para a Seleção Oficial do Festival de Cannes: “Aquarius” (Kleber Mendonça Filho, 2016), “Bacurau” (Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, 2019, prêmio do Júri), “Retratos Fantasmas” (Kleber Mendonça Filho, 2023, representante brasileiro para o Oscar 2024) e “o Agente Secreto”, de Kleber Mendonça Filho (2025), que ganhou os prêmios de Melhor Diretor e Melhor Ator. Em 2023, o longa “Sem Coração”, de Nara Normande e Tião, participou do Festival de Veneza. E em 2024, o filme “Dormir de Olhos Abertos”, de Nele Wohlatz, foi selecionado na Mostra Encounters do Festival de Berlim, onde ganhou o prêmio da FIPRESCI. |
SOBRE A CINESMASCÓPIO A Cinemascópio é uma produtora independente pernambucana, criada por Kleber Mendonça Filho e Emilie Lesclaux. Nos anos 2000, os curtas-metragens de Kleber, “A Menina do Algodão” (2003), “Vinil Verde” (2004), “Eletrodoméstica” (2005), “Noite de Sexta, Manhã de Sábado” (2006), “Recife Frio” (2009) e o documentário longa-metragem “Crítico” (2008) ganharam mais de 100 prêmios em festivais no Brasil e no exterior. Entre 2008 e 2015, a CinemaScópio também se destacou como uma das principais produtoras audiovisuais do Recife, produzindo ou coproduzindo filmes de jovens talentos, como Leonardo Sette (“Ocidente”, “Confessionário”), Tião e Nara Normande (“Sem-Coração”), Juliano Dornelles (“Mens Sana in Corpore Sano”) e Leonardo Lacca (“Permanência”). Em 2013, a CinemaScópio lançou o longa de ficção “O Som ao Redor”, de Kleber Mendonça Filho, selecionado em mais de 100 festivais e vencedor de 32 prêmios. O filme foi escolhido pelo The New York Times como um dos 10 melhores filmes do ano e representou o Brasil no Oscar. “Aquarius”, segundo longa de Kleber Mendonça Filho, estrelado por Sonia Braga, estreou na competição principal do Festival de Cannes em maio de 2016. Foi distribuído em mais de 100 países e ganhou 51 prêmios em festivais. “Bacurau”, codirigido por Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, estreou na competição do Festival de Cannes em maio de 2019 e ganhou o Prêmio do Júri. Em 2023, o filme ensaio/documentário “Retratos Fantasmas” também estreou no Festival de Cannes em sessão especial (“Special Screening"). Também produziu os filmes “Sem Coração”, de Nara Normande e Tião (selecionado no Festival de Veneza em 2023) e “Dormir de Olhos Abertos”, de Nele Wohlatz (vencedor do prêmio FIPRESCI no Festival de Berlim em 2024). A CinemaScópio também é responsável pela realização do festival Janela Internacional de Cinema do Recife, que se tornou um dos eventos de cinema mais importantes do país desde sua criação, em 2008. |
SOBRE O PATROCÍNIO A Petrobras é uma das principais empresas do país. Atua de forma integrada e especializada na indústria de óleo, gás natural e energia, tendo como compromisso o desenvolvimento sustentável para uma transição energética justa. A Cultura é também uma energia na qual a companhia investe, patrocinando há mais de 40 anos projetos que contribuem para a cultura brasileira e se fazem presentes em todos os Estados brasileiros.
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SOBRE A VITRINE FILMES Desde 2010, a Vitrine Filmes já distribuiu mais de 250 filmes e alcançou milhares de espectadores apenas nos cinemas do Brasil. Entre seus maiores sucessos estão “Bacurau”, de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, Prêmio do Júri no Festival de Cannes 2019; “O Processo”, de Maria Augusta Ramos, que entrou para a lista dos 10 documentários mais vistos da história do cinema nacional; e “Druk: Mais Uma Rodada”, de Thomas Vinterberg, vencedor do Oscar® de Melhor Filme Estrangeiro em 2021.
Hoje a Vitrine Filmes faz parte do Grupo Vitrine, que conta com selos e iniciativas diversas a fim de atender diversas áreas do mercado, são eles: Vitrine España que há 4 anos produz e distribui longas-metragens na Europa; Vitrine Lab, curso on-line sobre distribuição cinematográfica, vencedor do prêmio de distribuição inovadora do Gotebörg Film Fund 2021; Manequim Filmes, selo com distribuição de filmes com apelo a um público com sucessos como “Nosso Sonho - A História de Claudinho e Buchecha”, filme brasileiro mais assistido em salas de cinema em 2023; Sessão Vitrine Petrobras que volta com lançamentos brasileiros premiados e aclamados pela crítica e festivais com ingressos reduzidos como “Sem Coração” e relançamento de “A Hora da Estrela”; e Vitrine Produções, que produz e coproduz curtas, documentários e longas-metragens, dentre eles "O Nosso Pai", curta de Anna Muylaert exibido no Festival de Brasília, “Levante”, de Lillah Halla, vencedor do prêmio FIPRESCI na Semana da Crítica 2023, e “Retratos Fantasmas”, Kléber Mendonça Filho, documentário mais visto dos últimos 8 anos nos cinemas e também exibido em Cannes em 2023. |
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