segunda-feira, 30 de maio de 2011

ORLANDO AZEVEDO EM NOVA EXPEDIÇÃO

O fotógrafo Orlando Azevedo volta os olhos aos litorais paranaense e paulista em nova expedição

Expedição Coração do Brasil – Paranaguá, Largamar começa na próxima semana, com viés intimista e filosófico
O rio corre para o mar”. E é assim, naturalmente, como no ditado popular, que o fotógrafo Orlando Azevedo parte, essa semana, para a sua nova aventura, a Expedição Coração do BrasilParanaguá, Largamar. Os motivos não poderiam ser mais intimistas: açoriano radicado no Paraná há quase meio século, o artista busca, pelo registro da cultura caiçara, retornar às suas origens, enquanto realiza um trabalho inédito de documentação da pouca explorada região litorânea que vai de Guaraqueçaba, no Paraná, a Iguape, em São Paulo. Para completar o viés pessoal da viagem, dessa vez o fotógrafo parte acompanhado por seu filho, Rafael Slomp de Azevedo, que será seu assistente nesta nova expedição.

Apesar de a nova fase começar essa semana, o projeto Expedição Coração do Brasil não é exatamente novo. Ele faz parte de uma série de registros que começou há mais de uma década, em um trabalho que rendeu três títulos do autor – Homem, Terra e Mito –, desenvolvidos a partir de uma viagem que levou Azevedo a percorrer mais de 70 mil quilômetros em um veículo 4x4, em todo o território nacional. Hoje, as edições de seu livro são raras e muito disputadas.

O trabalho se iniciará em Paranaguá, uma das bases do autor. De lá, ele segue para Guaraqueçaba, onde passa a viajar em uma embarcação leve pelas ilhas do estuário Largamar. Além do registro da fauna e da flora deste rico complexo biológico, Azevedo vai procurar, como marca pessoal, desvendar a identidade das tribos locais, seus costumes, crenças e mitos. É natural, portanto, que a busca pela cultura caiçara acabe se confundindo com a busca por sua própria origem, no arquipélago de Açores.

O trabalho integrará seu novo livro fotográfico, com lançamento previsto para o mês de dezembro. Além das imagens, textos científicos e filosóficos de estudiosos ainda não revelados integrarão a obra. O livro terá distribuição gratuita a todas as representações e associações caiçaras assim como bibliotecas e escolas.

Para realizar o registro, o fotógrafo usará tanto equipamentos digitais quanto analógicos: câmeras Canon de alta resolução Mark II, além de suas inseparáveis Leica M e R, todas transportadas em mochilas especiais para expedições. Para a expedição, Azevedo vai utilizar embarcação leve e ágil – uma voadeira - para deslocamentos e desembarque nas diversas ilhas. Paranaguá, a Ilha de Superagui assim como Iguape serão locais estratégicos para permanência operacional.

Ao fim do trabalho, fotógrafo e equipe voltarão ao estuário, devolvendo a experiência em mostras nas ilhas e vilas de pescadores, além de palestras em data show para a população local, personagens centrais dessa nova trama. Sobre as expectativas para a nova expedição, Azevedo responde, sucinto e filosófico: “navegar é preciso, rumo à linha do horizonte, rasgando as velas do infinito”.

* Este projeto conta com participação e patrocínio da TCP (Terminal de Containers de Paranaguá), Volvo do Brasil e BRDE. 

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