segunda-feira, 13 de julho de 2015

MON RECEBE MOSTRA COM FOTOGRAFIAS DA UNIÃO SOVIÉTICA

Na abertura haverá uma mesa-redonda com um dos fotógrafos e os curadores

O Museu Oscar Niemeyer (MON) receberá dia 16 de Julho, quinta, às 19h30, na sala 7, a exposição “União Soviética através da câmera”, com cerca de 200 imagens em preto e branco feitas por seis importantes fotógrafos da União Soviética.

No mesmo dia haverá uma mesa-redonda, às 18h30, com Vladimir Lagrange, um dos fotógrafos presentes na mostra, e os curadores Luiz Gustavo Carvalho e Maria Vragova. A conversa será no Miniauditório, com entrada franca.

As fotografias são do período de 1956, ano marcado por dois acontecimentos bastante contraditórios na União Soviética: Nikita Khruschev denuncia os crimes cometidos por Josef Stalin, morto em 1953, e as tropas soviéticas invadem a Hungria - a 1991,  quando ocorre dissolução da União Soviética.  Para retratar este ambiente, os curadores selecionaram obras de alguns dos mais importantes fotógrafos da URSS: Viktor Akhlomov, Yuri Krivonossov, Antanas Sutkus, Vladimir Lagrange, Leonid Lazarev e Vladimir Bogdanov.
A diretora-presidente do Museu Oscar Niemeyer, Juliana Vosnika,  diz que é muito significativo  receber esta exposição que retrata um importante momento histórico. “Proporciona aos visitantes notar as semelhanças e diferenças daquele período em relação ao pensamento contemporâneo”, afirma.

Lembranças da infância. Fotografia: Leonid Lazarev (1957)
Os curadores explicam a linha da mostra: “Através do olhar de seis fotógrafos diferentes, a exposição propõe uma reflexão sobre a vida cotidiana deste ‘país fantasma’, do Degelo de Khruschev à Perestroika de Gorbatchev, assim como sobre o papel singular exercido pela fotografia na sociedade soviética pós-stalinista”. Na abertura, às 19h30, haverá também uma visita guiada feita pelo fotógrafo e pelo curador.
A mostra fica em cartaz até o dia 25 de outubro de 2015 e os ingressos custam R$9 e R$4,50 ( meia-entrada).

Sobre os curadores:
Luiz Gustavo Carvalho estudou música e cinema em Viena e em Moscou. Em 2007, organizou várias turnês musicais junto com os músicos Geza Hosszu -Legacy e Grigory Alumyan na Europa e no Brasil. Em 2008, foi o diretor artístico do Château d'Orion na França, organizando diversos concertos de música clássica, discussões filosóficas e exposições fotográficas. Em março de 2011, apresentou a primeira grande retrospectiva do fotógrafo Antanas Sutkus na França (Toulouse). Em 2012, assinou a direção do Festival Artes Vertentes e foi curador da itinerância da exposição "Antanas Sutkus: um olhar livre" que percorreu o Brasil em 2012-2013 e da exposição "Assim Vivíamos" do Vladimir Lagrange.

Desde 2004, Maria Vragova vem contribuindo como produtora cultural em diversos projetos. Em 2007, foi responsável por toda a organização dos eventos dedicados ao aniversário da Catedral Ortodoxa de São Pedro e São Paulo em Karlovy Vary. Em 2008, organizou a primeira retrospectiva de Oscar Niemeyer no Museu de Arquitetura de Moscou. Em 2009, participou na organização do Progetto Argerich, em Lugano. Em 2011 trabalhou na elaboração do projeto de criação do Cais das Artes na cidade de Vitória, no Espírito Santo. Em 2012-2013 organizou a exposição "Antanas Sutkus: um olhar livre" em 16 cidades brasileiras. Realiza a direção executiva do Festival Internacional de Artes de Tiradentes: Artes Vertentes.


Sobre Vladimir Lagrange:
Nascido em Moscou em 1939. Iniciou, em 1959, os seus estudos de fotojornalismo na Agência de Imprensa TASS, onde conheceu os fotógrafos Vasily Egorov e Nikolay Kuleshov, os quais considera seus primeiros professores; tornou-se fotojornalista pela agência TASS.
Jovens bailarinas.  Fotografia: Vladimir Lagrange.
Em 1963, fez sua primeira participação em uma exposição internacional em Budapeste, Hungria, onde foi premiado com a Medalha de Ouro pela fotografia «Pequena bailarina». O ano seguinte iniciou seus estudos de jornalismo na Universidade Estatal de Moscou Lomonossov. Entre 1963-1989 atuou como fotógrafo correspondente da revista “União Soviética”.
Durante vários anos, Vladimir Lagrange contribuiu para publicações nacionais e internacionais, como “Jornal Literário”, “Paris Match”, “Freie Welt” e “Komsomolskaya Pravda”. Foi um dos 100 fotógrafos escolhidos para participar do livro “Um dia na vida da União Soviética”.
Vladimir Lagrange recebeu os mais altos prêmios e distinções do seu país, entre os quais se destaca o “Olho Dourado”, concedido pela União dos Jornalistas da Rússia. As suas obras integram importantes coleções fotográficas em diversos museus e centros de fotografia na Europa.



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