Kinoforum – Festival Internacional de Curtas de São Paulo comemora 35 anos e convida público a assistir nas telas de cinema uma programação gratuita, diversa e para todos, de 22 de agosto a 01 de setembro
Com 287 filmes de 66 países e 14 estados do Brasil, seleção traça um panorama do cinema atual de todo o mundo, incluindo premiados nas últimas edições de Berlim, Cannes, Clermont-Ferrand, Mar de Plata e Roterdã
A edição traz as tradicionais mostras Internacional, Latino-Americana e Brasil, além de programas especiais, com mostra de animadoras da América Latina, uma seleção de festivais africanos, um programa do cinema de Taiwan e a celebração de 20 anos do Instituto Criar, de Luciano Huck
Programação destaca ainda mostra infantojuvenil, sessão de filmes de horror, programa com curtas sobre a juventude e seleção de títulos experimentais
“O Homem que não se Calou”, de Nebojsa Slijepcevic, ganhou Palma de Ouro no Festival de Cannes
“Alien0089”, de Valeria Hofmann, foi premiado em Roterdã e Clermont-Ferrand
O Kinoforum – Festival Internacional de Curtas de São Paulo comemora 35 anos ininterruptos de realização, desde 1990. Criado e dirigido por Zita Carvalhosa e organizado pela Associação Cultural Kinoforum, o principal evento dedicado aos curtas-metragens na América Latina dá início a sua 35ª edição, dia 22 de agosto, relembrando a importância de vermos filmes nas telas do cinema.
“Desde a pandemia, passamos a valorizar muito a possibilidade de assistirmos filmes individualmente, em casa, e acabamos por ver sempre coisas parecidas e que todo mundo vê. Por isso, fazemos agora um convite ao público para estar presente nas salas de cinema e compartilhar a experiência de assistir a ótimas produções na ‘tela grande’, e na companhia de outras pessoas. Neste espaço privilegiado de encontro em torno do cinema e do audiovisual que é o Kinoforum, podemos desfrutar de uma programação com olhar diverso e colaborativo, que nos aponta novos horizontes”, afirma Zita Carvalhosa.
Com 287 filmes, produzidos em 66 países e 14 estados brasileiros, a programação totalmente gratuita chega a importantes salas de cinema da capital paulista: Cinemateca Brasileira, Cinesesc, Circuito Spcine – Centro Cultural São Paulo (CCSP), Circuito Spcine – Tiradentes, Espaço Augusta, Museu da Imagem e do Som (MIS), além de cineclubes do Cinema na Comunidade.
35ª EDIÇÃO
“Basri & Salma em uma Comédia Sem Fim”, de Khozy Rizal, é representante da Indonésia
O argentino “Um Movimento Estranho”, de Francisco Lezama, ganhou o Urso de Ouro em Berlim
A seleção dos curtas-metragens do 35º Kinoforum – escolhidos entre 3105 inscritos na edição – mostra um rico panorama do cinema atual em todo o mundo, divididos em suas tradicionais mostras e programas especiais.
A Mostra Internacional reúne 59 filmes de 40 países. Entre eles, estão títulos premiados em importantes festivais. É o caso de “O Homem que não se Calou” (Croácia|Bulgaria|França|Eslovênia), de Nebojsa Slijepcevic, vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes; “Um Estudo da Empatia” (Dinamarca| Alemanha), de Hilke Rönnfeldt, melhor curta internacional do Festival de Locarno; e “Percebes” (Portugal|França), de Alexandra Ramires e Laura Gonçalves, melhor curta do Festival de Cinema de Animação de Annecy .
A mostra é também uma oportunidade para acompanhar a produção de países mais afastados do eixo tradicional do cinema. Estão na seleção, por exemplo, o curta indonésio “Basri & Salma em uma Comédia Sem Fim”, de Khozy Rizal, e o filipino “Cross my Heart and Hope to Die”, de Sam Manacsa.
A Mostra Latino-Americana, com 20 filmes, também inclui premiados. “Alien0089” (Chile|Argentina), de Valeria Hofmann, foi o melhor curta internacional no Festival de Roterdã e recebeu o Grand Prix do Júri no Festival de Clermont-Ferrand; já “Um Movimento Estranho” (Argentina|França), de Francisco Lezama, ganhou o Urso de Ouro no Festival de Berlim.
Destaque para um raro filme do Haiti, “Sonhos Como Barcos de Papel”, de Samuel Suffren, na seleção oficial do Festival de Sundance, e para a participação do diretor argentino Federico Luis Tachella (que também assina como Luis Federico ou Federico Tachella), vencedor do Grand Prix da Semana da Crítica de Cannes 2024 com o longa “Simón de la Montaña. Ele tem dois curtas na seleção latina – “ Fique Quieto ou te Amo”, melhor curta no Festival de Mar del Plata, e “Como Ser Pehuén Pedre” – além de outro título na Mostra Limite.
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“Rosa” (RJ), de Pedro Murad, está no programa brasileiro Testemunhas da História
“Macaléia” (RJ), de Rejane Zilles, aborda amizade e parceria entre Oiticica e Macalé
A safra mais recente do cinema nacional está na Mostra Brasil, com 68 títulos de 13 estados que revelam um país de múltiplos temas, cores, corpos e territórios. A mostra é dividia em 15 programas. Testemunhas da História traz filmes como “Malunga” (SP), de Gal Souza, sobre a atriz, dramaturga, filósofa e comunista Thereza Santos, e “Rosa” (RJ), de Pedro Murad, que relembra a história da ativista Vania Rosa, que viveu quatorze anos em situação de rua. Em Fina Flor Marginália está “Macaléia” (RJ), de Rejane Zilles, sobre a relação de amizade e parceria entre Hélio Oiticica e Jards Macalé. Já em É Ruim Ter que Trabalhar, “Tato” (MG), de Pedro Carvalho, acompanha a vida de um pedreiro, que quer ser tatuador.
Curtas nacionais que vêm construindo uma “carreira” em festivais pelo mundo poderão ser vistos nessa mostra. É o caso de “A Menina e o Pote” (PE), de Valentina Homem, que passou por Cannes, e “Dona Beatriz Nsimba Vita ” (MG), de Catapreta, exibido em Sundance, BAFICI e no Festival de Brasília, entre outros. Também são destaques curtas protagonizados por artistas conhecidos do público, como Cauã Reymond e Helena Ignez, em “Helena de Guaratiba” (RJ), dirigido por Karen Black, Gilda Nomacce e Paulo Miklos, em “2 Brasis” (SP), de Carol Aó e Helder Fruteira, e Dan Stulbach e Martha Nowill, em “Jogo de Classe” (SP), de Quico Meirelles.
Outras três mostras compõem a linha de frente do Festival. A Mostra Limite abre espaço para o experimentalismo e inovação; a Mostra Novos Horizontes revela um pouco do que pensa e sonha a juventude atual; já a Mostra Infantojuvenil traz dois programas para as crianças e um para adolescentes. Destaque para o palestino “Um Curta Sobre Crianças”, de Ibrahim Handal, sobre quatro refugiados que decidem ir ao mar pela primeira vez, além de curtas produzidos por crianças nas Oficinas Kinoforum.
“2 Brasis”, de Carol Aó e Helder Fruteira, tem Gilda Nomacce e Paulo Miklos no elenco
Da Palestina, “Um Curta Sobre Crianças”, de Ibrahim Handal, está na Mostra Infantojuvenil
PROGRAMAS ESPECIAIS
Entre os Programas Especiais da 35ª edição estão mostras que ampliam os horizontes cinematográficos para além dos principais eixos. Conexão África reúne diferentes produções africanas que fazem parte da curadoria dos festivais convidados Dakar Court (Senegal), Oiá (Cabo Verde) e Accra Indie Filmfest (Gana). “Enóquio: que não Tinha Coração ” (Angola), de Ery Claver, e “A Profecia” (Senegal), de Rehanna Ngom, são alguns dos selecionados.
Questões enfrentadas por cidadãos taiwaneses que cresceram nos anos 1990, após o fim da lei marcial no país, são apresentadas em Taiwan - A Geração Pós-90 . A mostra traz obras de três diretores: “Leve-me ao Rio”, de Shao Lin, “Ouça-a com seus Olhos”, de Ting Chi-wen, e “Golpes Certeiros”, de Wu Zi-em.
Animadoras da América Latina é uma seleção de 17 curtas de animação – stop-motion, rotoscopia, colagem, argila, 2D ou 3D – realizados apenas por mulheres de diferentes países latino-americanos. “ A Cadela”, de Carla Melo Gampert, representa a Colômbia e “A Vulvaláxia”, de Alejandra Gómez de la Torre e Sabrina Franco, vem do Peru. “Dia Estrelado”, de Nara Normande, e “Edifício Tatuapé Mahal”, de Carolina Markowicz e Fernanda Salloum, são alguns dos títulos brasileiros.
O programa 20 Anos de Instituto Criar celebra a trajetória da entidade fundada pelo apresentador Luciano Huck para promover o desenvolvimento profissional, sociocultural e pessoal de jovens por meio do audiovisual. Outras atrações da 35ª edição do Kinoforum são o programa Nocturnu – Cine Fantástico e de Horror, com curtas da Brasil, Chile, França e Reino Unido que exploram o aspecto grotesco e abominável do corpo humano, e Por Uns Minutos a Mais, com filmes de destaque que ultrapassam os 25 minutos regulamentares do Festival, como “Quando Aqui”, de André Novais Oliveira.
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ATIVIDADES PARALELAS
O Festival vai além da exibição de filmes. As Atividades Paralelas trazem ações para integrar o público e os profissionais do audiovisual, buscando estimular a reflexão sobre como ver, criar, fazer e promover um curta-metragem.
Há atividades voltadas a profissionais, como laboratórios de montagem, roteiro e pitching para projetos inscritos e selecionados, que acontecem nos espaços da Cinemateca Brasileira e do Museu da Imagem e do Som. Outros eventos são abertos ao público em geral e abordam temas como a inteligência artificial no audiovisual, o fomento aos festivais de cinema e o cenário da difusão do curta-metragem, além do cinema de animação realizado por mulheres. A programação conta ainda com masterclasses sobre pesquisa de conteúdo para o audiovisual e o panorama do cinema africano.
KINOFORUM – 35º FESTIVAL INTERNACIONAL DE CURTAS DE SÃO PAULO
Programação: 22 de Agosto a 01 de Setembro de 2024
Locais: Cinemateca Brasileira, CineSesc, Circuito Spcine - Centro Cultural São Paulo (CCSP), Circuito Spcine - Tiradentes, Espaço Augusta, Museu da Imagem e do Som (MIS) e cineclubes do Cinema na Comunidade
Entrada gratuita
Informações: www.kinoforum.org/curtas
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